Aprendi com meu primeiro amor.

Aprendi que, às vezes, a gente fecha os olhos para não enxergar quem realmente é a pessoa que amamos. Isso porque temos medo de que, se encararmos a realidade de quem é e do que é capaz, nosso amor irá se afastar. Ele não fará mais parte dos nossos dias, não seremos mais capazes de confiar cegamente, nem poderemos pedir um conselho, pois seria de alguém sem os mesmos dogmas e limites morais.

Aprendi que é bom ter alguém para compartilhar um momento feliz e buscar o prazer mútuo, mas que nada disso é suficiente senão for completo, senão for verdadeira a retribuição desse amor. Nada disso vale a nossa paz de espírito.

Aprendi que você pode amar alguém, mesmo conhecendo seus defeitos e pecados. Porque o amor não escolhe a pessoa mais certa e perfeita, já quem ninguém é assim.

Aprendi que, se o amor é verdadeiro, não morre, você não consegue esquecer, nem passar uma borracha por cima de tudo. Num dia qualquer, você se pegará pensando na pessoa e no que viveram juntos. Isso porque a vida não é feita para um único amor, mas sim para amores, cada um de um jeito, cada um para um momento, cada um para uma fase da nossa vida.