Percepções
Quando pequenos, crianças que estamos, temos a impressão de que tudo que nos cerca é grande, imenso. E valorizamos as coisas com a nossa percepção, ainda livre da invasão que vem do exterior, ingênua. Numa ingenuidade repleta da verdade que sentimos viva em nós.
Quando ficamos adultos, já imersos de diversos agentes que não compunham a nossa natureza íntima (ou que supúnhamos não existirem em nós), temos a tendência de apequenar tudo o que realmente é grandioso, importante. E deixamos de perceber que o que nos toca é impalpável, é fluídico, é etéreo. Gigante sim, mas por ser imensurável. Este esquecimento de como éramos, impede, muitas vezes, que sejamos melhores do que viemos a ser.