Ideias que não se corrompem
Só mastigava o já mastigado
Não tinha café, nem pão
Caminho a pé,
Estrada de chão.
Caboclo bão.
Matuto forte
Coragem é o norte
De seu caminhar.
Terra das leis
Dos reis,
Aqueles velhos ancestrais
De famílias que pousaram aqui,
E expulsaram pela emissão de alguns papéis
Herdeiros legítimos da terra.
O nosso não foi classificado
Como ato legítimo de resposta.
O acesso está controlado
Seu caminho já foi definido,
Ganhar na loteria,
Seu último abrigo.
Da mentira que não se sustenta
A gente até tenta beber
Mas água que não mata a sede
Estrada que não leva à frente
Idéias que se escondem detrás
De um grande emaranhado
Anunciei, era feito enunciado
Era seita do sofrer
De padecer e enlouquecer;
Não mais
Não há paz,
Só sacrifícios.
Fechado ao que me condena
Aprendi naquilo que não esquecia.
Carrega no peito o pranto do mundo
Laço que não desamarra
Ideias que não se corrompem.