Noite Sórdida

Silenciosa a noite sórdida, um uivo saúda a lua cheia, na pedra a beira mar uma sereia, nos festins dos caçadores o curupira, entre as matas o saci trançando crinas, eu aqui calado olhando os meus delírios, na varanda um doce olor de augusto lírio, eu aqui silencioso aguardo a aurora tendo um urutau com seu piado como esmola, eu aqui vislumbro a última tez da noite e como um açoite no horizonte surge o dia, e como açoite em minha mente a poesia.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 22/01/2014
Código do texto: T4659764
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