Tranquila a dormir, noite
Dentro de mim e de ti.
O apagar sereno das coisas,
O cansaço natural
De meu estar em mim,
De um estar em teu ser.

E se a manhã é um estar que não percebo
Entre esse apagar e um acordar em mim,
Sem que teus olhos me fitem, imensos,
Com os meus olhos tão longe de um fim,
É por um existir que só agora o tenho,
Por não me ter, e só assim, longe de mim,
Toda a manhã é um morrer que acendo,
Quem dera o vento não me fosse ruim.












 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 24/01/2014
Reeditado em 24/01/2014
Código do texto: T4662433
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