De toda minha angústia

Não adianta insistir no peso de cada convicção, não adianta mesmo nem correr sem mesmo ter definido o ponto de chegada, e na verdade é isso mesmo que incomoda o ponto de chegada, eu não quero jamais chegar. Vagar os pensamentos caminhando me alivia e minhas impossibilidades afogam-se no suor de cada passada. Sou da extremidade alta do silêncio, sou da tribo dos tibetanos, ouço a música do vazio dormindo sobre as pedras estacionadas sob outras pedras.

As pessoas surgem do nada para te aborrecer mesmo não fazendo nada elas te aborrecem apenas com a presença cheia do lixo mundano que fede barbaridade, esses tipos de pessoas são em maior número, estão em toda parte, onde quer que você vá essas pessoas fazem questão de te encher com os problemas pessoais, com os maus hábitos, com as suas desimportâncias grudentas e insuportáveis. Dizer não é uma obrigação a esse tipo de gente, não temos que ocupar nosso espaço com seres que nada acrescentam.

Sutileza não funciona nesse campo onde a demagogia ao barato e insano reina absoluto. Nada além de asneiras é posto para fora vinte e quatro horas seguidas e todos falam nada que aproveita. Falar com você mesmo ainda é a melhor escolha, está com você mesmo ainda é a melhor escolha. Mas por mais que você ignore os demais sempre haverá um momento em que eles se aproximarão e comerão o seu juízo com as desimportancias das vidas deles. Se não tem nada a me acrescentar, então porque roubas o meu silêncio?

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