O que será que sai de tudo isso?

Eu sou o vento que carrega as folhas secas

e muda-as de direção, sem cessar,

para que conheçam outras dimensões

do eterno sentir.

E sabe mais o quê?

Mais, muito mais muitas coisas.

O que se produz de sentimentos à-toa?

Nada que seja de uma gestação boa.

Sou o imaginar da individualidade ambígua

que flutua em mentes pensantes.

Eu também sou a brisa, sou o mar, sou tanta coisa!

Mas não sou!

Estou sendo o fragmento que me intui ser.

O elemento que navega na massa de ar cinzenta,

depois das tempestades.

Sou capaz de dizer que sou o amor em plenitude.

Amo com tudo o que posso.

Amo o véu do esquecimento

que se amontoa nos raciocínios

das mentes que se mastigam sem degustar as informações.

Eu as degusto por elas!

Por que eu sou assim?

E quem disse que sou?

Sou tudo o que posso ser

e o que não posso ser.

Por vezes, me jogo pela fechadura

do meu peito e me deito em minhas emoções.

Além disso, isso me faz ver o que antes não via.

Me livro de quês que me indagam sem falar.

O que será que sai de tudo isso?

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 22/02/2014
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