Um encontro inesperado.

Em um momento tão desconfortável, quem quer encontrar pessoas queridas? Sem poder me locomover, presa mas também em constante movimento, troco olhares no meio de um corredor de pessoas com meu amigo. Estava do outro lado do ônibus cheio, às 22h da noite.

Enquanto estava em pé, me segurando para não perder o equilíbrio, eu pensava o quão estranho era aquela situação. Eu no final do ônibus, ele lá no início. Tentamos nos comunicar, mas quem iria ouvir o que o outro iria dizer? Apenas olhares, gestos e sorrisos em uma conversa sem palavras.

Júlia Câmara
Enviado por Júlia Câmara em 16/03/2014
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