A VIDA, O GOSTAR E O MOTIVO

Se escrevemos sobre o periquito, papagaio, cachorrinho, casa etc etc etc... Muitos vão gostar, curtir e até comentar.

Mas se quiser atingir em cheio o coração das pessoas, escreva sobre o que dói por dentro. É simples assim... Todos estão muito machucados, a espera de algo que não vem, de feridas que não fecham, de amores que não podem ter e ser, tristes pela perda da mãe, afogados em paixões platônicas... Ou felizes demais com TUDO.

Ah Palavras... Eu digo que vocês são vida... Vocês não acreditam menininhas sapecas.

Hoje as 01:35 a.m ao publicar um "pensamento" que pulou de mim pro teclado em 7 minutos, obtive em menos de 24 horas mais visualizações do que a soma de todos os publicados no mês de março até agora

{e sim, eu cronometrei... foi uma espécie de experiência. Pois eu sabia que vomitaria todo aquele arco íris emocional em questão de minutos}

Foi uma sábia decisão, quando no dia 13/11/2013 ao sair do hospital depois de 1 mês e 1 semana (entre vida, morte e poesia) - decidi: vou mudar meu rumo. Fazer o que gosto e deixar que leiam o que escrevo. Caderno e caneta eu amo vocês e não os largarei. Mas agora vocês vão me dividir com o teclado. Fui enfática.

A vida não foi fácil e ainda não é. Trabalho até 10/12 horas por dia, ralo pacaralho, crio dois adolescentes sozinha, sou meio ferrada (digo MEIO) emocionalmente, faço faculdade, quase não durmo, amo chá de hortelã e só gosto de bolo se for de limão. Leio e escrevo compulsivamente (dá pra perceber?). Fico o dia todo com um caderno do lado e anoto cada ínfimo borbulhar de pensamento. Tive um amor inesquecível, amigas traíras, paixões arrebatadoras e uma família cheia de imperfeições. Uma vez ao brincar no escorregador, caí de bunda num prego. E em outra ocasião, na beira da piscina sentei num marimbondo. Resultado dos dois casos: bumbum calejado. Acho que foi assim que surgiu o negócio da vida me dar chutes na bunda e mesmo assim me empurrar mais e mais do céu. Não dói... Calejou.

Ah, e por falar em céu. Lembrei-me de você.

Nos vários sentidos da palavra... Pela distância e pela serenidade (ou apavoramento que me causas) e ódio de não poder tocar e apertar.

Quanto a cor não combina com você. Azul não é sua cor preferida. É vermelho.

E por falar em vermelho, lembrei do meu batom. É esse que tem me dado o tom.

Nesses dias que eu amanheço com essa cabeça só querendo bailar.

Opa, mas esqueci de um detalhe:

Fico indignada: Se existe tanto que nos separa, precisa haver algo que nos una.

Bom, mas meu texto hoje não era pra ser por você e nem para você.

Droga. Sai intempestivamente. Quando vi, já era. Rima e sai rodando que nem bailarina.

Bom, agora perdi o fio do pensamento.

Tem sido assim...

Eu pra você e você pra mim.

É coisa da minha cabeça? Deve ser... e daí??

E quem foi que disse que pra te tocar eu precise estar aí??!!

Bom, agora já era... Pensamento voou.

Feito borboleta que penso que sou.

E lembrei de outro detalhe. Tem sim algo que nos una: AS PALAVRAS.

E me dá licença que vou ali acabar de ouvir Those Sweet Words. E me preparar pra mais uns insight noturno.

>>> - Você canta bem – Eu digo.

- Você beija bem – Eu ouço.<<<

Angélica Vespúcio
Enviado por Angélica Vespúcio em 20/03/2014
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