"Quando descobri que sou o capeta..."

Como poderia eu, um amontoadinho de partículas disperso em todo um universo infinito criado por Deus, conseguir trair ao mesmo Deus, em toda sua "grandiosidade" e poder? E mais, como poderia que esta minha traição fosse tão horrenda perante a toda sua magnitude de idéias, conceitos e valores a ponto de me mandar para o inferno?

Penso que meu pecado então é certamente MUITO forte e que Deus é, no minimo, alguém que vive julgando [olha só, que pecado hein], afinal se existem "pecados e pecados" é por que há algum julgamento aí, e, pior, o meu "pecado maior" [aquele que me mandou para o inferno, dentre muitos outros que talvez não o fizessem] afronta TODO o paradigma que cerca tal entidade majestosa infinita.

Tanta majestosidade, sendo aquele que tudo vê, tudo sabe, esta em todos os lugares, perdoa tudo [sem julgar, pasmem], sendo traida por mim, um imperfeito, um nada perante o universo em geral e ele, com uma ação, ou pensamento, dentre diversos [as] outros[as] que foi tão, mas tão forte, que abalou sua estrutura onipotente.

Ja imaginaram do que seriamos capazes se soubéssemos de tudo, estivéssemos em todos os lugares, fossemos onipotentes, etc? Qual seria o nível de percepção, compreensão, e de perdão a qual chegaríamos?

Sendo tudo isto, ser "traido" pelo pecado de algo que criou à sua imagem e semelhança [euzinho], que é um minusculo ponto em todo um universo INFINITO de possibilidades que existe ao mesmo tempo, que o próprio "perfeito" TAMBÉM criou e, pior, ainda condenar?

Nossa, acho que sou o capeta mesmo, concluo.

AyA
Enviado por AyA em 20/03/2014
Reeditado em 20/03/2014
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