O QUE FAZEMOS DA NOSSA VIDA

A vida! Tão linda, tão breve. Somos passageiros e a qualquer instante nos supreende a ultima estação. A cada dia que nasce buscamos a felicidade, um estado que nomeamos e que se esbarra em uma série de desejos a serem realizados. Dificilmente seria um estado plenamente alcançado. Construimos coisas, derrubamos coisas, mudamos nossa direção e essa sede de felicidade nunca se mata. Inegavelmente há instantes felizes, bem vindos e tão significativos. Felicidade seria uma imensa paz? Paz que se alcança nos passos que escolhemos dar? Se pensarmos que a qualquer momento pode vir a nós a ultima estação do trem da vida, o que nos daria tal imensa paz? Quais as coisas semeamos e quais abandonamos? Qual riso colhemos nas lágrimas de outros. Homens ou ratos? Fugira à sua maior batalha seguindo para ilusória sombra de uma palmeira? Algumas pessoas fazem tal escolha, como sendo um meio fácil de recomeçar. No entanto, na história da vida, não há recomeços, tudo que há é a covardia de anular o que já existia. Não se rasga páginas da vida cheia de "vidas" como se rasga um papel, sem que a covardia do ato deixe de ser cometida no egoismo. Felicidade plena alcança os que tem a força e a coragem, a determinação e a sabedoria de permanecerem escrevendo a história que um dia começou. Felizes os que vencem as tempestades, os que reconhecem seus erros, os que persistem no caminho, os que jamais fariam um jardim apenas para si. Felizes dos que nas horas do dia assistem os passos dos que amam e caminham assim lado a lado compartilhando. Ventanias derrubam tijolos, levam ao chão qualquer coisa erguida sobre a terra. Mas nem a ventania,nem as tempestades levam o que floresce na alma cuidada. São mãos dadas que permanecem como valor maior e assim esse é o alicerce da verdadeira paz e felicidade. Um riso perpertuando em outras almas mesmo depois da ultima estação da vida, cujas mãos caminharam a todo tempo entrelaçadas.