Marionetes do amor.

O amor, muitas vezes, nos força a sermos atores, abdicar de nossos princípios para mantê-lo em fogo e delicadeza.

O amor nos golpeia bem no meio do peito e depois... Nos deixa com um coração praticamente de pedra. Mas, a carne ainda vive... Ela fica encapada pela camada de pedra dura. Ela ainda pulsa, sangra e sente golpes, mesmo estando escondida. Pede ajuda, mas é prisioneira.

O amor é tão belo e ao mesmo tempo tão cruel... Ele nos dá forças e depois as arrancam, tirando de nós até as forças das quais não tínhamos consciência de posse. Ele nos faz flutuar e depois, cair das nuvens, em cacos de vidro.

Agir da forma que não se quer, falar o que não queria ser dito, pedir coisas que não se pede... Assim ele nos força a entregarmos, cada gota de nosso sentimento. E fazemos, tudo isso, de olhos abertos, como marionetes controladas por algo invisível.

[Bruna Gonçalves- 27/03/2014].