A vida continua, Bruna, querida!

Sou infantil por dentro... Eu choro, grito, esperneio, faço todo o tipo de birra. Mas sou uma muralha por fora, pois mesmo com uma lágrima escorrendo, eu consigo seguir o meu caminho sem me deixar cair em prantos e atrasar minha caminhada. Hoje eu consigo. Antes... Me atrasava, sim.

No dia que me ensinaram- que a própria vida me ensinou- que a vida continua mesmo que eu esteja imobilizada por dores- internas ou externas-, eu tive que erguer a cabeça e FINGIR ser indiferente aos espinhos que me torturam.

Perdi tanto... Mesmo não tendo nada. Perdi amigos- se é que tive algum-, perdi alguns planos, perdi um amor- a mais dolorosa de todas as perdas! Perdi sim, e não me sinto fraca por dizer que perdi. Me sinto tão forte por lembrar de todos os baques, todas as perdas e saber que ainda estou aqui, de pé... Mesmo com a garganta fechada por nós que se apertam, eu consigo respirar e falar como se não houvesse tantas dores em mim.

Cansei de reclamar, de contar histórias tristes e felizes para o motorista de táxi, de falar de decepções amorosas e de amizades, para outros amigos. Conto, com quem só grava o que falo, e não me questiona: o papel- virtual ou não. Cansei, só isso!

A vida segue, bonita... Ou eu sigo com ela ou ela me arrasta pelos cabelos. (risos).

*P.S.: E no final consigo rir. :)

[Bruna Gonçalves- 01/04/2014].