Nunca somos um por todos

Nunca somos verdadeiramente um por TODOS, mas em contrapartida nos indignamos quando percebemos que não são todos por cada um de nós.

Cobramos dos outros a empatia que não temos.

Cobramos dos outros a sensibilidade que não sentimos.

Cobramos dos outros o social que não construímos.

Cobramos dos outros o compromisso que não apresentamos.

Cobramos dos outros o respeito que não professamos.

Cobramos dos outros a humanidade que não nos é sagrada.

Cobramos, enfim, dos outros, de todos os outros, ser um conosco, quando não somos um por eles, um com eles, um para eles, e um pelo bem deles.

O difícil não é caminhar com empatia intelectualmente, o difícil é caminhar com empatia de corpo social e mente humanitária. O difícil é se compromissar verdadeiramente por um caminhar onde comunguemos o nós fazendo do eu a parte sensível pelo tu, por ele e pelos eles. No mundo do pode, tudo pode, mas no mundo real somente podemos em parte, mas podemos, e devemos, caminhar com empatia, com respeito e com sensibilidade por cada ser, por todos os seres.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 05/04/2014
Código do texto: T4757154
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