Incerteza.
Será sempre assim, mais perguntas do que respostas, mais duvidas do que certezas, vida.
Nem tudo precisa fazer sentido, não há necessidade de existir explicação para tudo nesse mundo. Não sei quando, nós seres humanos, passamos a ser obsecados por respostas, obsecados por motivos, por certezas, não sabemos mais conviver com o vazio, com o inaudito, com o incompreendido, não sabemos mais conviver com a vida.
Se pensarmos bem, ou se pensarmos um pouco além daquilo que nos é dado, perceberemos que a vida, por vezes, nos oferece mais incertezas do que certezas, nos oferece mais perguntas do que a possibilidade de responde-las, no entanto, parece que nos afastamos desse não ser, nos afastamos daquilo que nos é mais próprio, e optamos por algo que talvez, nem seja nosso.
Não sei se tenho razão nessas palavras que escrevo, cada dia que passa, percebo que não sei mais coisas, do que as coisas que eu sei, e isso não é humildade filosófica, ou ironia filosófica, isso sou seu, sabendo, e não sabendo mais do que sabendo,
Gostaria muito de me sentir confortável com minhas incertezas, mas a condição de vida que possuo, as circunstancias dessa vida, e as necessidades de me manter entre os meus, não me possibilita esse conforto.
Sendo assim, só me resta, crer e duvidar, conhecer e desconhecer, responder e perguntar, me resta viver, até quando? Não sei, estranho não é? Talvez não, talvez seja normal, quando não se sabe o começo, não é justo saber o fim, e assim é a vida, a certeza de toda a incerteza que cerca ela, a vida.