NÃO SOU POETA!

Aflora em mim a vocação para felicidade

Escrevo com os punhos do coração

Sempre de emoções afloradas

Sou gado, sou juramento.

Mas não sou poeta!

Sou ventura no sofrimento

Sou candura e nas palavras sou afável

Com tendência especial para o amor

Sou romântico para minha índole.

Mas não sou poeta.

Me castro de sonhos

Me adestro no aprendizado

Condeno-me por meus limites

Me liberto pelas circunstâncias

Mas não sou poeta.

É pela faculdade de me expressar,

que através das minhas ideias e por

meio da minha voz venho me escravizar

a render-me para o amor.

Mas não sou poeta...

Sou a dor amenizada dos lamentos...

Nos meus tormentos, sigo a luz

Aquela luz que nos ilumina

Que um dia se apagará para sempre

Sou a praga da existência dos inimigos

Só me calo diante do meu funeral

Mas não sou poeta.

Escrito em 12 de maio de 2014, por Orlando Oliveira.