Rosa vermelho Carmim (Inebriante sem fim)
De todo um tempo, uma unica lacuna,
De toda uma história, uma unica muda,
De uma roseira, espinhos e galhos secos.
Um dia belos perfumes e belas cores,
Um lindo broto florescente,
De um vermelho escaldante,
Quente, úmido e vibrante.
Do sempre intenso, ao sempre ansioso.
Do único, profundo e vibrante.
Ao confuso, torturante e pensante.
Tempos, tempo, curto, longo e profundo.
Rosa vermelho vibrante que do broto foi ramificando,
Foi crescendo, exuberando, aprendendo.
E envelhecendo, seu vermelho já não mais intenso,
Passou a ser mais carmim, mais vinho.
Um vinho curtido, poderoso, como um elixir inebriante.
Mas os galhos secos passaram a incomodar,
Seu perfume inebriante e sua cor de carmim,
Já a deixavam confusa, ansiosa e cheia de duvidas.
"Minha existência se resume a minha aparência?"
E a rosa passou a murchar...
Mas a lacuna deste tempo murchando a fez pensar.
No tempo passando,
Deixando no ar o perfume de vinho inebriante a fazendo enlouquecer!
Dentro de si própria, em um frenesi de fogo e desejo do qual,
Não mais podia fugir! O tempo!
Fugir de si mesma bela rosa vermelho carmim?
E assim, a rosa vermelho carmim agora envelhecida,
Notou que estava madura sim, mais perfumada,
Mais aflorada e que seria de apenas um,
Já não queria mais agradar a todos que a olhassem,
Mas sim queria encantar apenas um único belo jardim!
Seria eternizada na mente de um único belo homem,
Que a colhesse com paixão e a guardasse em seu belo coração.
Que a cheirasse todos os dias pela manhã com um belo sorriso,
E que pela noite a apreciasse como um belo e bom vinho!