DO AMOR, DA EMPATIA E DO CONHECIMENTO DE SI MESMO

Nós não precisamos de mais amor. A falta de amor não é o problema. Pois ou se ama os seus em detrimento dos demais, ou se cai numa armadilha de amar ao próximo, rebaixando o amor a uma conduta moral. Não. Chega de pedir por amor, chega de suplicar por amor. O que precisamos mesmo é de empatia. Que continuem a amar os seus, ou não amem se não quiserem. Mas que aprendam a ter empatia, esse é o único sentimento do qual se deriva o verdadeiro respeito ao próximo, o único sentimento capaz de acabar com os conflitos. Mas ter empatia é muito mais difícil do que amar. Par amar basta um coração. E por incrível que apreça, todos possuem; mas a empatia faz parte de um processo criativo. No amor há prazer ou uma necessidade incontrolável que causa o sofrimento, mas não empatia não há necessidade algum e embora possa haver prazer – principalmente aos artistas enquanto o processo criativo – , na maioria das vezes é incômodo se colocar em lugar de outra pessoa por um instante, perdendo – aparentemente – sua individualidade. Dai se segue que além dessa capacidade criativa, o sujeito para ter empatia deve possuir a sua individualidade e ser consciente de tal, para que possa se abstrair e voltar a si. Para quem não possui essa consciência, a empatia poderia ser perigosa; mas esse perigo é apenas ilusória, pois quem não tem a consciência de si mesmo como um indivíduo no mundo, de que maneira teria consciência sobre os outros? Já dizia um filosofo. “Conhece-te a ti mesmo.” E nisso eu concordo plenamente.

Lucas Esteves
Enviado por Lucas Esteves em 12/06/2014
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