Máquina do Tempo

Aos 15 anos (1998) iria para o futuro porque eu “sabia” que o futuro seria tecnológico.

Aos 23 iria ao passado, para não ter feito certas escolhas que me arrependi entre 15 e 23 anos.

Aos 30, certamente faria de tudo para não ter feito o que fiz aos 23, não ter tomados os porres que tomei, não ofenderia quem ofendi, pediria perdão, diria eu te amo quantas vezes meu coração mandasse.

Agora tenho 40 anos e se tivesse uma máquina do tempo jogaria fora e não contaria a ninguém. Minha felicidade não está no passado, é agora com com o verdadeiro eu. As escolhas erradas que fiz, delas não me arrependo mais, me orgulho até, isso me ensinou a fazer escolhas mais sábias e que o triste é não tentar. Olhando para o passado vejo que tentei e isso me dá certeza de que a felicidade é no presente. Hoje posso dizer que já tive a angustia de perceber que cometi erros e vi isso se transformar em sorte quando pedi perdão e fui perdoado. Percebi que não adianta mudar o passado porque no final tudo dá certo e se eu tivesse uma máquina do tempo antes de ser quem sou não teria vivido o que vivi e não seria preparado para manter o que construí.