Escrevo

É interessante o fato de o amor ser algo tão subjetivo. Uma via, muitas vezes, de mão única. Isso causa muita dor.

Antes, eu via aqueles filmes românticos, e me achava tão superior aquela protagonista boba que sempre chorava pelo idiota que ela amava. Agora sei como ela se sentia. Agora choro por você.

Isso é tão estupido, mas só quem sente é que sabe o quanto dói.

Muitas pessoas têm a sorte de amar e serem amadas. Muitas outras têm a sorte de não amar. E, alguns poucos têm o azar de amar alguém e não serem amados de volta.

Não que eu queira obrigar alguém a amar. Longe disso. Mas é estranho. Como podemos ter a sorte de achar alguém, que se torne tão especial, a ponto de nos fazer sentir uma tamanha dor, simplesmente porque não nos ama?

E essa dor, é tão forte, que chega a parecer uma dor física.

Quando escrevo essas coisas, é porque não há mais recursos. Sei que já chorei demais, e que só as lágrimas não vão me fazer sentir melhor. Quando a saudade da sua risada estrangula meu peito e meus olhos se enchem de lágrimas, sei que só chorar não vai adiantar.

Então eu escrevo.

Escrevo pra me lembrar daquela época em que eu via suas reações enquanto você lia aqueles poemas bobos que eu fazia pra você. Pra me lembrar do quanto você gostava dos meus versos.

Há dias, em que sinto falta do tempo que eu perdia contigo, das aulas que matei só pra ouvir você reclamar do seu dia. Como isso faz falta.

Uma amiga me disse pra agir como se eu vivesse em um filme, porque assim eu me sentiria melhor. Isso me deu esperanças. Nos filmes, a protagonista sempre chora, sempre sofre. Mas no fim, ela reencontra o amor. Queria eu que minha vida fosse um filme.

Liz com Z
Enviado por Liz com Z em 29/08/2014
Código do texto: T4941824
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