Paciência: Difícil Virtude!

Uma das virtudes mais difíceis de serem trabalhadas é a paciência, não posso garantir que seja "a mais difícil", pois não sei se existem dados estatísticos ou estudos que comprovem essa informação; assim, com base nas minhas experiências e analisando muitas pessoas que passaram ou que ainda convivem em meu meio social, posso dizer que muitas delas, inclusive eu, tem sérios problemas com isso, ou melhor, dizendo, com a falta disso, os fatores são diversos e às vezes qualquer coisa pode se tornar o estopim de uma atitude irracional, isso quer dizer que a ausência dessa virtude nos faz perder a razão, o tom de voz aumenta, o corpo treme e perdemos o controle de alguns sentidos, principalmente a audição.

A partir desse momento, deixamos de escutar e passamos a falar mais que "o homem da pamonha", repetimos várias vezes a mesma coisa e não nos permitimos ouvir o alvo de nossa impaciência, o algoz passa a não existir ou passa a existir apenas para extravasarmos nossa insatisfação e revolta momentânea.

E o que ganhamos com isso? Na verdade, nada, pois depois que passa todo aquele sentimento adquirido, a explosão causada no momento de fúria e que preenchia nossa alma como um balão de ar, vai murchando, até que nos sentimos completamente vazios, a euforia se torna então arrependimento e nos tornamos reféns de nossas atitudes, e é nesse momento que voltamos à razão.

Como é difícil, afinal ainda temos muitos "instintos" em nossa condição humana, mas cada vez que isso acontece, viramos "bicho" e o ataque acaba sendo a nossa prioridade, sei que a maioria das pessoas sempre acha uma explicação para racionalizar o motivo pelo qual agiram impulsivamente, mas muitas vezes as atitudes geradas por essa explosão, acabam magoando, machucando e o resultado é um só, posso até tentar explicar minhas razões, mas não conseguirei justificar minhas ações.

Portanto, que essa virtude seja exercitada diariamente e que consigamos sempre utilizar a nossa razão no momento em que formos confrontados com os nossos instintos.

Moises Tamasauskas Vantini
Enviado por Moises Tamasauskas Vantini em 10/11/2014
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