coração arado!

ela sonhou e depois dormiu só para ter certeza e tempo para guardar o sonho na memoria dos sentidos que a desperta....

abafou um grito desesperado na c'alma que só o amor abraça

incendiou os pensamentos nas chamas de um adeus que amordaça e fere a vida

nisso perdeu os sentidos...e...os olhos, hoje, se distanciam do horizonte

o mel dos olhos marcaram sua face feito lava... um rio que nunca morre...

coração arado!

não sabe o destino das sementes enquanto morrem

falava-me das suas fraquezas, da fragilidade dos seus sentidos que numa sensibilidade exagerada conduzia sua vida...

e numa urgência que lhe tomava as forças...ainda permitia acreditar no "verbo que é forte" e articular certezas na vida...

foi superando os incômodos como o desarranjo das flores expostas na janela (com vista para lugar nenhum)

esperando a chuva cair, com medo de dormir além da conta na voz do agora...

retrucando o desejo antigo

na liberdade que acorrenta o peito

ao chão da realidade

desenhada para sonhar...

viver é bom e às vezes dói

queria cópias das chaves

queria saber ir e vir

e queria saber ficar

queria o ânimo do amor

as certezas do abraço

a segurança dos olhos que veem

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 12/11/2014
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