Cosmos

Sombras de estrelas antigas

Amarguradas, doentias

O brilho infernal de algo que não pode ser nomeado,

Em meio ao caos perpetrado por uma ganância sem limites

Algo que sopra dos confins de um espaço atemporal

O grito de milhões e milhões de almas congeladas entre os portões de um abismo espectral de loucuras

Já eu, vagando por essa dimensão sem forma, me deparo com verdades inquestionáveis

Enquanto admiro o voo do pássaro em direção ao nada

Um colapso mental de insanidades e mentiras que me leva a pensar até que ponto tudo é real

O que é real?

A busca mesquinha pelo sol

Por ter os olhos queimados por esse astro rei

Magnânimo em sua condição central

Regente de uma galáxia de corrupção monolítica e cósmica

Centrado no coração de um universo falso e sem propósito

E agora adormecido nesse vale de sonhos mortos e excremento

Me pergunto se algo maior pode existir ou ter existido

E, se em algum momento, tal ser elemental repensou nossa existência

Tal entidade colossal percebe o erro que cometeu?

Tal ser demoníaco em sua inteligência egoísta

Sequer repensou o ultraje que cometeria contra si mesmo?

Sat
Enviado por Sat em 06/12/2014
Código do texto: T5061084
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