E de repente ... a Ribeira

De repente me encontro no meio da Rua Chile em plena noite de domingo, noite de circuito na velha bendita e mal falada Ribeira cosmopolita.

Vários sons se propagam no ar: Pop, Rock, Reggae, Rap, e junto com os sons, fumaças se dissipam. Posso vê-las contra às luzes coloridas e piscantes, enquanto a massa se amassa dentro de um caldeirão fervente onde misturam-se corpos e línguas em pecados picantes proibidos.

Mas, o que houve aos Canguleiros e Xarias ou a todos os Potiguares?

Deixaram de lado sua identidade, apagando do mapa cultural a velha Ribeira?

O teatro, o museu, o café, os remos, o buraco, o consulado, o gira, os bordéis, o armazém, do sol, wonder bar, o 29, o ateliê, o porto, a casa de Ferreira e a da própria Ribeira.

Penso enquanto o som ainda flui. Acaba o circuito e volto para casa.

Amanhã já terei esquecido de minha reflexão introspectiva da cultura natalense.

Por isso, escrevo.

Erick Barros
Enviado por Erick Barros em 08/12/2014
Código do texto: T5062407
Classificação de conteúdo: seguro