Donde vistes todos
Quanta gente!
Tantas pessoas, tantos indivíduos em cólera, em sofrimento, em dor. Tanta gente, tantas dores e lamentos diferente, tantas histórias, trajetórias... porém as mesmas causas; as mesmas fontes, razões.
Sofrem pelas mesmas dúvidas, o mesmo desentendimento, a mesma distorção formada. Parece, mesmo, uma telepatia sentimental que os corrói e destrói, mas mesmo vendo nos outros suas dores refletidas, cismam de que ainda são diferentes, sofrem mais, merecem mais atenção, mais respeito.
As mesmas fontes.
Continuam vendo teu sofrimentos, suas mágoas e não vêm daquele do seu lado; da pessoa gritando as suas mesmas palavras, somente vêm como suas dores doem.
As mesmas razões.
Sempre vêm tudo que fizeram a eles mas nunca vêm o que fizeram ao outro, são acorrentados pela melancolia.
As mesmas causas. Tudo.
Longe de dize-los que não sofrem, mas apenas de que compartilham as mesmas dores e em vez de se ajudarem se chutam e ficam na mesma murmuria latente que os consome a cada passo.