Donde vistes todos

Quanta gente!

Tantas pessoas, tantos indivíduos em cólera, em sofrimento, em dor. Tanta gente, tantas dores e lamentos diferente, tantas histórias, trajetórias... porém as mesmas causas; as mesmas fontes, razões.

Sofrem pelas mesmas dúvidas, o mesmo desentendimento, a mesma distorção formada. Parece, mesmo, uma telepatia sentimental que os corrói e destrói, mas mesmo vendo nos outros suas dores refletidas, cismam de que ainda são diferentes, sofrem mais, merecem mais atenção, mais respeito.

As mesmas fontes.

Continuam vendo teu sofrimentos, suas mágoas e não vêm daquele do seu lado; da pessoa gritando as suas mesmas palavras, somente vêm como suas dores doem.

As mesmas razões.

Sempre vêm tudo que fizeram a eles mas nunca vêm o que fizeram ao outro, são acorrentados pela melancolia.

As mesmas causas. Tudo.

Longe de dize-los que não sofrem, mas apenas de que compartilham as mesmas dores e em vez de se ajudarem se chutam e ficam na mesma murmuria latente que os consome a cada passo.

Lucas Viana
Enviado por Lucas Viana em 11/12/2014
Reeditado em 11/12/2014
Código do texto: T5066599
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