O Ódio
E nós pobres criaturas menores criamos um deus
Nós que nos achamos o centro de tudo e que a tudo governamos
Nós, humildes seres criados de átomos como um mero pedaço de papel qualquer
Geniais em nossa ignorância e soberba
Cercados por um mundo gerado a base do caos do sangue de nossos semelhantes
Eu contorcendo de ódio em frente a uma velha máquina de escrever lhe conto tais trechos
Cheios de amargura minhas palavras correm por meus dedos e se chocam contra as teclas já manchadas e apagadas
Mal posso me conter da angústia do ato
Em revelar meus pensamentos mais antigos e esquecidos no fundo de uma alma podre
Tantas palavras a serem ditas em tão pouco espaço
Eu abandonado como um louco a sorte do dia
Deixado de lado
O insano, débil e não cristão
Enquanto você cercado de mentiras e mediocridades
Acreditando ser o que não pode ser
O que convêm
Ainda estamos longe da inteligência...