Pessoas reais
Há simetria no que compõe a mente humana. Ela mantém-se supostamente dividida entre perversidade, consciência, desejos ocultos e comportamento pré-programado. Não existem seres apenas compostos de bondade, assim como não existem seres apenas compostos de maldade.
Os valores externos, os pré-programados, são superficiais. Pessoas passam a ser reais quando imersas em si mesmas, onde exploram suas tais perversidades.
Fora da serenidade da própria imersão, as pré-programações são apenas invenções padrões. Mundanas. Humanas.
Ao certo, não há definição para tal composição, mas a realidade exige seu equilíbrio.
Ademais, o ser humano transpassa fascínio. Teorias, filosofias; tudo que busca explicá-lo é interminável, e é isso que mantém sua condição, afinal, mistérios desvendados perdem a própria essência.
Humanos encantam-se, desencantam-se e repudiam-se ao mesmo tempo; criam uma miscelânea de sentimentos e filosofias, na ironia da busca incessante de descobrir a si mesmo.