**222* Ingratidão

Minha casa vivia cheia de amigos e familiares, o dia que impus limites, observei que um novo fato acontecerá todos se debelaram, hoje eu e minha família estamos sozinhos e fico a pensar nesta nova realidade..

Quais são os nossos verdadeiros amigos?

Quem de verdade é nosso maior inimigo?

Essas perguntas nos são feitas a cada momento em nossa vida! Onde nem sempre o maior inimigo mora do lado de fora de nossa casa ou longe demais de nossa própria família. Como tenho observado, vejo que em muitos lares o princípio do amor fraternal é corrompido por interesses escusos que modificam um comportamento de amor e proximidade.

Sim! O dinheiro fala mais alto que o respeito e o reconhecimento pelo trabalho alheio, uma vida de falsidade e interesses e mesmo que nele esteja o lado bom de um irmão que vive a intensidade boa do amor entre irmãos, inocentes acabam pagando com a mesma moeda.

Não me cabe julgar, mas anteceder ao desencanto causado por pessoas que se fazem arrogantes e donas de uma razão que vai além do bem estar e da natureza boa de ajuda que por eles foi vivida. Esquecem-se das dificuldades que os mantiveram juntos durante muito tempo, esquecem-se do andar de lutas que todos tiveram de enfrentar para serem o que são hoje ou tão somente se tornaram.

Meu mundo é dividido entre o amor que tenho aos meus e a aversão que passei a sentir pelas pessoas que vejo envelhecer e nada aprenderão. Quando chegamos a uma idade de grandes variações e deixamos de lado valores de reconhecimento e valorização é porque nada conseguimos sentir durante toda a vida.

Tomar algo de um alguém sem avaliar o suor do trabalho desse alguém é desumano e implacável com a veracidade dos muitos anos já vividos. Falam de Deus, mas qual será o deus desses capitulantes de algo que não os pertencem?

Me desculpem os desavisados, porém não se esqueçam de verificar o quanto a sua maneira injusta possa afetar a vida de outras pessoas. Dói saber que as cobras e lagartos se alimentavam no mesmo prato que comemos! É de difícil digestão saber que nosso pai muito trabalhou para que serpentes descrentes da luz da justiça divina apenas ministrassem uma imensidão de trapaças e gestos nada reais com a verdade que se quer há em suas muitas aparências de fé.

Deixo de lado o meu amor familiar e desacredito no respeito das tias, tios, primas e primos que convivem com a mentira de seus bolsos vazios e sem fundo para guardá-los.

Desejo que as injustiças sejam corrigidas, mas para isso teremos de mudar a nossa justiça que é alimentada por ministrantes que não ministram e se deixam ser enganados por sovinas que impetram papéis falsos em desacordo com a verdade.

Quem realmente será o enganado?

Àquele que mente ou se sente enganado por amar?

Não quero ser passível de engano, não desejo ser injusto, mas o que tenho visto em minha casa é que os postulantes a nada continuarão buscando o nada! Há uma realidade que não se apagará nunca: quem vive o lado bom da história, viverá as coisas boas que Deus possa nos dar. Pena que em muitos dos casos essas pessoas sejam incapazes de ver a vida que levam.

Felicidade não é uma casa ou carros de luxo, não é o dinheiro que possa haver no banco ou coisas materiais que se espremam diante de nós.

Existe algo muito mais importante diante disso tudo! Quem sabe eles um dia aprendam a ver a luz real do amor.

Estarei na luta pela verdade que sei existir e me farei ser respeitado.

Nunca deixem de amar, pois na vida o sentido é mais simples que um punhado inoperante de papel moeda.

O Ilusionista Romantico
Enviado por O Ilusionista Romantico em 30/12/2014
Reeditado em 19/02/2015
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