Teia

Isso é chuva ou lágrimas? É o seu verdadeiro rosto ou uma encenação? É angústia ou apenas lástima? É você quem está aqui ou há apenas escuridão?

Como é podre e substituível esse coração, como é acéfalo esse cérebro e como esses olhos são devoradores. Não havia outra opção, não existia ao menos uma solução e naqueles corredores era impossível enxergar escape, havia uma teia, uma teia pegajosa e bem grande que capturou como se fosse uma mosca, ficou por tanto tempo que não sabe quando sorriu ou chorou, ficou tempo suficiente para se deixar enganar por olhos tão sacanas e comedores de esperanças, uma teia que ás vezes confortável era apenas manipuladora de uma marionete movida a sentimentos, marionete que possuía cinco cordões, amor, beleza, sorte, alegria e sorrisos, aquele monstro de coração podre cortara todos de uma vez, a marionete que saiu daquela teia caiu diretamente no chão, mal consegue se levantar, mal sabe aceitar a queda e que na verdade prefere lá permanecer até outra teia encontrar.