Sou podre

Devíamos ter vergonha de nós mesmos sempre que uma criança sorri em ingenuidade e simplicidade, ou chora em desespero e carência, em plena realização de nosso abandono, de nossa insensibilidade, e de nossa exclusão. Somos, muitos de nós, podres e vermes que choram lágrimas de crocodilos, mas que se escondem e se omitem da verdadeira luta pela humanização de nós mesmos, através do compromisso com estas criaturas que deveriam ser, elas sim, nosso maior louvor, e seu sofrimento, nosso maior terror
Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 17/02/2015
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