CASAMENTO

Casamento é a união de duas vidas que, embora diferentes na sua individualidade, irão estabelecer no convívio mútuo uma Unidade. Esta Unidade só poderá se concretizar se observados os “papéis e funções” de cada um dos parceiros que assumirão responsabilidades mútuas e recíprocas de compromissos, deveres e obrigações, respeito, consideração e reconhecimento.

Papéis e funções aqui, não são necessariamente os conceitos definidos pela sociologia ou antropologia. São, antes de tudo, a disposição de ambos no sentido de se esforçarem para fazer o máximo em favor do outro a fim de que se estabeleça uma cumplicidade fundada no amor altruísta e não egoísta que perdure pela vontade de um e também de outro, de permanecerem se conhecendo, se amando e se respeitando ad infinitum.

A Unidade que deve caracterizar o Casamento deixa de existir quando há uma inversão de papéis e funções, ou quando os valores do comprometimento deixam de ser observados por um ou por ambos os cônjuges. Quando isto acontece o Casamento passa a ser apenas uma “união” de reconhecimento sociológico, funcional, movido por interesses individuais e não por compromissos recíprocos.

Papéis, funções, compromissos de mutualidade e reciprocidade não são apenas Traços Sociais. São também, e muito mais, Princípios Espirituais cujo valor transcende gerações e cultura, nacionalidade, educação e tudo o mais que se impõe como realidade imaterial sobre o casal. Quando valorizados e vivenciados, tais princípios espirituais constituem a base para a convivência harmônica, edificante e abençoadora de ambos os cônjuges, e é sobre esta base bem alicerçada que floresce o amor e na qual ele pode se desenvolver em toda a sua plenitude.

O desenvolvimento do amor edificado sobre este fundamento deixa de ser um mero sentimento romântico, platônico, e busca ser uma disposição interior traduzida por atos voluntários de iniciativa pessoal sem quaisquer laivos de coercitividade, de cuidado, de respeito e de reconhecimento “do outro” que, por sua vez, dada a valorização do mesmo fundamento agirá, de forma ATIVA e não PASSIVA, com reciprocidade agradecida.

E então: você ainda quer se casar???

Brasília-DF

Carnaval de 2015

Oniel Prado
Enviado por Oniel Prado em 19/02/2015
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