TEXTO ALTERCADO
Que audácia, que vida...
viver no lixo e para o lixo,
sendo apenas, para a sociedade: "lixos".
Colhendo migalhas
sem o direito de barganhar
a própria dignidade.
Vivendo muito pior do que "bichos".
E possuem a característica do pequeno,
jogado ao destino,
na complexidade da matéria.
Parecem fazer parte de um outro Planeta,
passando necessidade,
comunicando em tudo, miséria...
E arriscam, a cada dia a sorte,
destacando diversos tipos de cortes.
Sem postura, sem qualidades,
são similares da morte, no porto de tamanha fragilidade.
Tidos por muitos como falsos,
visualizados pela maioria como lapsos,
idealizados para o mundo como, simples: escravos
E prosseguirão nas esquinas da militância...
falsificando toda e qualquer realidade.
Pois, esperam na ilusão por um milagre,
que acabe com a sua dura e triste verdade.
E correm atrás do dinheiro
sem sequer consegui-lo pegar com mãos.
Na ignorância são prisioneiros,
produto do próprio meio
mas um lixo, daquele ou desse lugar
sem qualquer tipo de condição
que venha sua existência melhorar.
E vão vivendo do pouco ou do quase nada,
que alguém gerou sem razão.
Quem sabe um lixo, que fora impresso por alguém
na corrida da imperfeição.
Lixo da insensatez, da desarmonia, da rigidez.
Do lixo daquela idéia de usurpação,
lixo do egoísmo daquela atitude ou ação.
Lixo da indiferença com bastante humilhação,
aquele lixo oculto naquelas aspirações.
Ah, foi o lixo macaco daquela contradição,
junto com todos os lixos projetados nos lixos
dos caminhos sem coração!