Lua

Escorria pelas mãos da vitima o sangue do agressor

E nesse mundo vazio no qual ela foi condenada nada fazia sentido

Culpou-se o inocente

E nossa sociedade hipócrita mais uma vez pode dormir em paz

Às portas desse inferno na terra cai uma chuva de insultos

E a noite que nunca chegou ao fim contemplou tais atos

As letras de antigos preceitos foram derretidas

E jogadas ao chão como folhas velhas elas secaram

Não se sabe quando começou ou terá um fim

Essa existência regrada a ganâncias corpóreas fugazes

Em meio a um turbilhão de malditas benevolências

Então dia após dia pregamos um novo cristo

Nessa cruz de mentiras e inverdades que contamos a nós mesmos

Máscaras do pecado que dizemos ser "algo normal"

Gritos de almas envolvidas no paraíso foram ouvidos

Seus lamentos trago a tona em forma de música

E quando este dia chegar ao fim para junto deles irei

A corda já queimando o pescoço

A falta massiva do ar podre

O sentimento de incapacidade enquanto o corpo se contorce

O suspiro...

Sat
Enviado por Sat em 11/03/2015
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