*noites chuvosas levam a distrações*

"você pode esperar que essa felicidade um dia virá..." como num sonho, debandava em criações mirabolantes, o inalcançável, dito a maior parte da humanidade. Afinal, estamos falando sobre a felicidade. Para uma aspirante, uma estranha e deliciosa sensação. Emoção. Um suspiro bem profundo. Indiscutivelmente apaziguante busca se ignorarmos o fim. Hoje remexendo minhas coisas, algo trouxe a lembrança essa música do "Só Preto Sem Preconceito", se não me engano um grupo de samba dos anos 90, quando, na minha opinião, ainda havia o lirismo da poesia em sua criação. Fato é que ouvindo, achei ainda, tudo muito convidativo a jornada em busca de algo que não saberia nunca explicar. É necessário que haja continuidade do ser. Portanto, sendo extirpado o sonho, como tudo se daria? Creio que mesmo a humanidade não mais existiria. O sonho é engrenagem tal água para que as coisas possam se realizar. Sorri. Ainda ela ainda me fascina, sim, a música, bem tenha notado em mim uma sutil mudança (quem sabe os anos). Descobri uma outra felicidade. A não noticiada. A que não se encontra em nenhum livro, tela de cinema, capa de revista ou em uma palco de teatro. Já faz um tempo que venho observando os detalhes (trabalho, família, amigos, filhos - no meu caso uma menina) e lá estava ela na constância da difamada rotina. .A felicidade deixou de ser um tempo curto e adquiriu performance extravagante. Frações mínimas, às utópicas perspectivas passageiras ao que tentaram me traduzir.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 22/03/2015
Reeditado em 13/04/2015
Código do texto: T5179613
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