Singular
Se é para viver
Que seja o belo
Se é pelo trabalho
Que suje as mãos
Ainda esperando
Então caminhe
Parece terminado
Recomece outro
Olhos marejados
Não mais que o mar
Não faz sentido
Imagine o infinito
A dor te visita
Vassoura atrás da porta
Amor .. ah o amor
Sempre e sempre
De qualquer maneira,
Não vale a pena
Sozinho no quarto,
Caderno e poesia
Dos amigos desconfia
Faça sua parte
De noite ou de dia
Dá no mesmo
Música no fone
Fone no ouvido
Medo sudorífico
Ultrapasse limites
Lá fora bombas
aqui dentro pombas
Assar ,cheirar ,comer
Muito tempero
Parece o fim
Mas é só o começo
Já está enjoado
Adeus um abraço
Tá ficando bonito
É ainda metade
Quanto mais e mais
Falta menos e menos
Parece óbvio
Desconfie!
Tá difícil viver
Abra uma janela
Resumindo:
plante flores,
pule muros,
suba árvores.
Lembre-se das “peladas”,
e da criançada nas ruas.
Os papos na calçada,
debicando pipa na esquina,
Correndo atrás de doce.
Olhe mais o céu,
Sente no chão,
Pés descalço,
Café com leite e
pão com manteiga,
Namoro no portão,
Dormir a tarde,
Chuva , livro , sofá.
Não estou terminando
Se estiver faltando algo
Por favor anote aí embaixo...