Singular

Se é para viver

Que seja o belo

Se é pelo trabalho

Que suje as mãos

Ainda esperando

Então caminhe

Parece terminado

Recomece outro

Olhos marejados

Não mais que o mar

Não faz sentido

Imagine o infinito

A dor te visita

Vassoura atrás da porta

Amor .. ah o amor

Sempre e sempre

De qualquer maneira,

Não vale a pena

Sozinho no quarto,

Caderno e poesia

Dos amigos desconfia

Faça sua parte

De noite ou de dia

Dá no mesmo

Música no fone

Fone no ouvido

Medo sudorífico

Ultrapasse limites

Lá fora bombas

aqui dentro pombas

Assar ,cheirar ,comer

Muito tempero

Parece o fim

Mas é só o começo

Já está enjoado

Adeus um abraço

Tá ficando bonito

É ainda metade

Quanto mais e mais

Falta menos e menos

Parece óbvio

Desconfie!

Tá difícil viver

Abra uma janela

Resumindo:

plante flores,

pule muros,

suba árvores.

Lembre-se das “peladas”,

e da criançada nas ruas.

Os papos na calçada,

debicando pipa na esquina,

Correndo atrás de doce.

Olhe mais o céu,

Sente no chão,

Pés descalço,

Café com leite e

pão com manteiga,

Namoro no portão,

Dormir a tarde,

Chuva , livro , sofá.

Não estou terminando

Se estiver faltando algo

Por favor anote aí embaixo...

Narciso Cardoso
Enviado por Narciso Cardoso em 01/05/2015
Código do texto: T5227522
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.