Dilúvio

No dia escureceu ao longe nuvens tardias.

Da noite se fez luz aonde não podia,

Precipitou do alto rupturas sonoridade

Alagando o espaço infindo.

Nas artérias do solo fatigado,

Derrama-se líquido escorregadio.

Sobrepujando o pecado,

todos pagam pelos erros do homem !

O protagonista do teatro divino,

se lança em lamentos internos.

Como desconfiando de si mesmo

suplicando aos céus:

salvação ! salvação!

Mas são lágrimas onipotentes

que invadem a crosta,

alvejando a alma nativa e torta!

Narciso Cardoso
Enviado por Narciso Cardoso em 02/05/2015
Código do texto: T5227585
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