Dilúvio
No dia escureceu ao longe nuvens tardias.
Da noite se fez luz aonde não podia,
Precipitou do alto rupturas sonoridade
Alagando o espaço infindo.
Nas artérias do solo fatigado,
Derrama-se líquido escorregadio.
Sobrepujando o pecado,
todos pagam pelos erros do homem !
O protagonista do teatro divino,
se lança em lamentos internos.
Como desconfiando de si mesmo
suplicando aos céus:
salvação ! salvação!
Mas são lágrimas onipotentes
que invadem a crosta,
alvejando a alma nativa e torta!