De que adianta tentar

De que adianta tentar não mentir, se meus atos não possuem extensão humana quase alguma.

De que adianta tentar ser verdadeiro, se minha verdade tende para o vazio, para a inação, para a insensibilidade, e para a vaidade.

De que adianta tentar buscar a verdade, se busco a minha verdade, e não a “verdadeira” verdade.

A verdade não é minha nem é de ninguém. A verdade em si mesmo, não obstante ser algo em essência bom, ela em si mesma, desacompanhada de atitudes, sem atos e sem comprometimento com o social, é morta, possui apenas sentido teórico e valor semântico.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 12/05/2015
Código do texto: T5239213
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