SOLTANDO FOGO PELAS VENTAS

Dizem não reprimir sentidos,
Sentimentos que causam mal ao nosso templo,
Soltando fogo pelas ventas,
Queimam os males invisíveis

Soltando, soltando as letras...
Soletrando o que poeta sente
O mundo que os normais reprimem
E sofrem calamidades do crime
Contra si mesmo...


SÁBIA IGNORÃNCIA

Será ter nascido assim?
Tão poeta de mim...

Ser frágil, forte, robusto
Na humildade plena na existencia una ser  absoluto?

Será ter nascido para amar
Jorrar alegria na extensão do mar?

Colher mel, colorindo as pétalas das flores
Rosas e orquídeas?

Ser , ter nascido para chorar por amar,
Amar para chorar?

Será ter voltado a ser criança em mim
Ser flor e espanto,
Sobre a hora do tempo sereno?

Será eu ser e ter o topo da raiz?
Cantar a melodia diferente,
Cantar o ontem,
Cantar o sempre?

Na medida que lanço ser poeta
Força, fraqueza
Alegria, tristeza,

Ser tudo,
Ser aventura
Ser eu, tão eu que do corpo quase
Me esqueço?

Canto coisas do mundo,
Como todo, por ser tudo,
Ninguém por cantadas sobrevive o Rio triste,
Meu eu livre, curso do rio
sou tristeza e alegria,
A meia luz do dia
e parte dela lamparina!


Autora: Rosemeire da Silva
(Isis Inanna)

SP. 09/06/2015 - 09:19
isis inanna
Enviado por isis inanna em 09/06/2015
Reeditado em 09/06/2015
Código do texto: T5271064
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