TODOS TEMOS UMA MISSÃO E ALGUMAS OBRIGAÇÕES DADAS-NOS PELA VIDA

Devemos buscar saber qual a nossa missão no mundo para, por fim, realizá-la. Duas coisas acontecerão quando a realizarmos: alcançaremos a felicidade, sequenciando, com isso, o cumprimento da missão e também o alcance da felicidade daqueles que entram ou passam pelas nossas vidas (nossos pais, parentes, amigos e pessoas aleatórias com as quais nos deparamos, fazendo perceber que estamos todos ligados) e, a outra coisa a acontecer, estaremos prontos para voltarmos para o plano de onde viemos, gastando pouco tempo nas tempestuosas e malquistas zonas de consciência intermediárias, as quais ainda nos ligam a este universo existencial de imperfeição e merecidamente são chamadas de infernos. locais que nos causam, devido a essa proximidade, perturbações e aflições que não se vence se não se estiver blindado, desprendido das emoções que nos prendem ao mundo material, os chamados apegos ao mundo terreno.

Enquanto não descobrimos nossa missão e não nos lançamos às atividades que as viabilizam, ou até mesmo quando encontramos o caminho e estamos a fazer isso, padecemos em conflitos entre corpo e consciência para garantir nossa existência e satisfazer nossas ambições.

Adoecemos diversas vezes ao longo da vida. Doenças pequenas e, à medida que se vive, doenças maiores, definitivas, que levam ao autoextermínio. O objetivo das doenças é nos fazer buscar aprimoramento. Elas não são combatidas e liquidadas tão somente com uso de remédios e tratamentos da medicina terrestre. É preciso que desenvolvamos virtudes para vencê-las, principalmente as que advêm posteriormente, essas maiores.

Dentro desse princípio, qualquer doença pode ser vencida. E cada vez que dessa forma, aperfeiçoando a fé e o caráter, nos curamos, mais adaptados estamos para concluir nossa missão, mais prontos estamos para viver no mundo espiritual. Nossas vindas à Terra têm o objetivo de nos livrar de defeitos que carregamos para onde vamos e com os quais não se pode existir para sempre no plano espiritual, por não suportarmos a existência nesse plano tendo esses defeitos.

Quem não tem mais o que desenvolver para estar para sempre no plano espiritual, vem à vida terrena tão somente para ajudar os outros a se aperfeiçoar. Eles ajudam os outros a encontrar a missão de cada um e a cumpri-la. Vêm por amor. Tal qual veio-nos o salvador, Jesus.

Viemos à Terra para nos livrarmos do egoísmo, da carência, dos vícios, do sentimento de autopiedade, do masoquismo, da melancolia, da soberba, da gula, da inveja, da ganância ou da necessidade sexual. Podemos escolher viver todas essas coisas abundantemente até se fartar ao ponto de se desinteressar por elas ou abdicar de cada uma delas como votos de penitência. A primeira coisa não é muito segura de ser útil, uma vez que não sabemos quando morreremos.

Viemos à Terra para desenvolver a compaixão com o próximo, o perdão e, especialmente, o amor. Praticando as duas primeiras virtudes se chega à principal. E o amor basta. É a energia e também a virtude universal. Qualifica-nos a experimentar o mundo espiritual e a pleitear viver nele para sempre. Isso é que é o grande objetivo dos seres espirituais, que também somos nós. Ser espiritual é um estado nosso, que estamos, neste momento, no estado carnal.

Colocando essas reflexões em uma linguagem prática citando os dias de hoje, usemos o telefone celular como exemplo. Não há dúvida de que o aparelho é indispensável na sociedade atual. Não há nada errado em utilizá-lo ou em até cultuá-lo. Podemos, sim, querer adquirir o melhor modelo, utilizar todos ou um serviço específico dos tantos que é possível usar ao celular. Ainda que seja dos mais fúteis ou dos menos necessários ao que serve o aparelho.

Mas muitos de nós desenvolve paixão. Se deixa abduzir. Ocupa a mente boa parte do dia realizando tarefas nos aplicativos do telefone. Não se presta a realizar tarefas mais nobres ou necessárias ao seu próprio desenvolvimento para o além túmulo ou para o desenvolvimento dos outros. Não busca e nem cumpre sua missão. Essas pessoas costumam desenvolver ódio ou angústia se perdem, veem-no sofrer avariação ou roubam-no o celular. Amaldiçoam fortemente o destino ou as pessoas que lhes proporcionam o afastamento do objeto por instantes ou por dias. Envenenam-se com emoções negativas, principalmente as de raiva. Contraem câncer facilmente e dificultam, por não entenderem a causa, o tratamento dos médicos e o funcionamento dos remédios.

Adquirir uma virtude, um desenvolvimento espiritual com base nesse caso, seria, no caso do afastamento do objeto, se contentar com o que tem ou com o que a vida lhe reservou. Ter plena consciência de que um imprevisto como a perda do telefone ocorreu, mas que isso não é o fim do mundo; de que há coisas que são realmente importantes para a vida; de que de tão fútil e desnecessário vital o objeto é, logo se conseguirá outro e por isso não é necessário gastar energia condenando o acaso ou dirigindo ódio em vez de perdão aos causadores do rompimento da ligação com o material.

Essa é a mensagem deste texto: Procure sua missão e realize suas obrigações para com o seu aperfeiçoamento e também com a missão e o aperfeiçoamento dos outros. Assim, todos seremos felizes. Você será feliz quando vir que os outros o são. É uma obrigação nossa cuidar da felicidade de todos neste mundo.

*Originalmente postado em http://sellyourfish.blogspot.com