Uma noite

Às vezes só é preciso parar, observar, sentir, estar e não estar ali. Deixar a energia tocar, tocá-la. Carpe diem!!! Abro os braços, não penso em nada a não ser nada, sinto o barulho do vento passando sobre os meus ouvidos, olho para o céu e vejo as imagens que as nuvens formam, vejo o escorpião formado por estrelas, olho o mar que tá tão calmo. Penso no que fiz, no que faço e no que vou fazer, mas não quero mais pensar, só quero estar ali com a natureza, com as incertezas, e com a certeza de que as coisas simples são as que valem mais. Não serei o poeta de um mundo caduco, estou preso ali, e olho meus companheiros que, assim como eu, estão taciturnos. Todavia só queremos estar ali com nossa solidão, angústias, anseios, sonhos. Ah, os sonhos. O que seríamos sem eles!? Não sonho para além do horizonte, das fronteiras. Quero poder cantar a vida, a natureza, a poesia, o altruísmo, o amor. Escrever. Ser lido. Sentido. Pensado. Repassado. Mas antes isso queria poder conhecer-me. Talvez nunca o consiga! Esse é o grande desafio: Nos conhecermos.