No silêncio da madrugada

Na madrugada é onde os que não são vislumbrados na luz do dia conseguem ser livres, vistos, ver. No silêncio dos que dormem afogo-me no abismo sem fim de meus pensamentos. Queria conhecer novos lugares, pessoas, amores, as nuances da vida, todavia não conheço nem a mim mesmo, talvez esse seja o maior desígnio que tenho nesta efêmera vida. Que passa diante de nossos olhos e não conseguimos fitar os detalhes subliminares, estamos cegos e ocupados demais com este mundo imundo que quer nos obrigar a seguir paradigmas a todo custo. Bem aventurados aqueles que seguem em sua loucura de serem diferentes. Quem escolhe esse caminho sabe que irão tentar de toda forma isolá-lo de tudo e de todos. E preparar-se para defender-se das metralhadoras dos que a qualquer modo querem ditar as regras. Andamos na escuridão onde ninguém pode nos enxergar. Somos sem cor. Com dor. Defendendo-se do opressor.