Anjo, me destruiu.

Em algum lugar no lado norte de um coração cinzento e frio.

10 mil anos aqui, estupeficado.

As asas que consegui aqui, me deixaram celestial, aclamado e morto, aos espelhados lagos desse paraíso me sinto estúpido, vendo minha face nua refletida à covardia da vida passada, guardando no meu peito a dor de carregar o amor que na terra dos homem conheci e parti, enquanto em carne seguia os passos sacerdotais de incrédulos postadores de fé, deixei-o passar aos meus olhos como carruagem de fogo que rasgava o céu ao meio. Ainda que me obrigassem a não me perder, nessa terra a conheci, era um anjo, um doce bocado de veneno. Anjo transcendente, nunca pude toca-la ao rosto, Anjo não imaginara me tornar como você, enquanto em vida te via trilhando caminhos de chão, de longe apenas observava e nada, eu não soube seu nome e quando me deparei com o elocucional lugar onde pós morte cheguei, ao guardião do paraíso perguntei, qual era sua graça infernal que me tomou a santidade varias vezes e me fez em momentos retumbar, castigar-me, humilhar, regredir, me pôs de banco à frente dos lideres daquela crença... tive sonhos, tive desejos, queria você, e na madruga passava de joelhos por horas e dias, redimindo, fui ensinado assim, tudo para afastar o que o amor do mundo poderia trazer à mim, e agora torna pior, estou na terra prometida desejando-te aqui, romper o tempo, me satisfazer, completar-me, conhecer quem eu sou, e não a capa que me puseram e jogam juntos aos outros para viver. Olhando teus olhos, descobrir quem eu realmente seria, se não tivessem me acorrentado a mente.

Ao final arcanjos que me condenaram por Blasfemar o paraíso. infame, deixo meu ultimo pedido que em qual mundo esteja, leve a você as palavras de um anjo flagelo e decadente.