alma dolorida

Eu me sinto só e não há nada que mude esse sentimento em meu ser,

As lágrimas caem revelando a dor existente em meu peito,

Me fazendo lembrar como é real essa desilusão do amor.

Eu caminhei entre as árvores negras a muito tempo,

Procurando um sinal de vida que me fizesse ter esperanças,

De um amor real e nada de sinal algum para acender o fogo em meu coração.

Mal enxergava sobre as penumbras da noite escura,

Eu vivi perdida a muito tempo nas sombras da solidão,

Sem saber o que era de fato moral ou imoral,

Me perdi entre minhas dores,

Me afoguei em minhas próprias poças de lágrimas,

E até um tempo surgiu em meus pés uma enorme poça de sangue.

Estava cansada de viver assim e esperava encontrar um final feliz,

Mesmo tropeçando,errando e me iludindo com as mentiras mais "belas",

Eu tentava me manter de pé enquanto me puxavam para o "inferno".

Me debati para sair dali,

Me agarrei em um galho para ser resgatada e ter uma nova chance de ser feliz.

E alguém pegou em minhas mãos e com força me tirou da lama,

Que era aquela solidão tão doentia,tão cretina.

Por um tempo eu conheci a luz,o ar puro e o que era o amor.

Era tão doce,tão gentil e tão aconchegante que me sentia em casa,

Mal eu sabia que um golpe duro me faria voltar para toda aquela confusão.

Eu vivi dias de harmonia,

Vivi dias de verdadeira alegria,

Mas a dor era inevitável,

A dor e a solidão para sempre seriam minha sina.

E as luzes se apagaram,

Perdi meu chão sobre meus pés,

Vi minha vida desmoronar diante dos meus olhos e nada pude fazer,

Aquele que havia me salvado,me derrubava com força para a solidão.

Ria,zombava e me maltratava enquanto me via ali,

Caída na lama,suja e sem grana sem poder reagir.

Foi desse dia em diante que eu percebi:

Não importa o que tu faça,nem o que tente mudar em sua vida,

Tem coisas que simplesmente não tem como mudar,

O quanto mais negar seu destino,mais sofrimento surgirá na sua vida.

Então aceite de bom agrado o que a vida lhe oferece,

Tem que levantar as mãos pro céu e agradecer pelo menos que ainda existe vida nessa doentia e decadente alma dolorida.

Letícia Fonseca
Enviado por Letícia Fonseca em 28/07/2015
Reeditado em 28/07/2015
Código do texto: T5326668
Classificação de conteúdo: seguro