Rede social
Caí de paraquedas nesse jogo, sem ter a mínima noção das regras e, mesmo depois de algum tempo, confesso que não sei jogar. Sim porque o facebook é um jogo e um jogo perigoso. Adultos brincando de “ser criança”, o problema é que lhes falta a pureza, a ingenuidade e, em alguns casos, a sinceridade também. Sem contar que o brinquedo preferido é o sentimento das pessoas ou a competição desenfreada.
Claro que há exceções. Ali reencontrei amigos de infância, de escola, da faculdade, colegas de trabalho, revi familiares que moram distante e até fiz novos amigos, pessoas de outros estados que talvez nunca chegue a conhecer pessoalmente, mas que não passaram pela minha vida à toa. De certa forma, ensinaram-me algo, tudo é aprendizado.
Porém como disse, não sei jogar, nunca fui muito boa em seguir regras, fora o fato de que, ali, os egos vão à potência máxima e eu não gosto disso. Tudo se resume em quantidade e superficialidade. Cansei desse jogo. Os Paralamas, nos anos oitenta, diziam: “Por trás dessa lente também bate um coração”, parafraseando-os eu me arrisco a dizer: “Por trás dessas telas também existe um coração.”