MÁGOAS...
São ventos ciclónicos que nos devassam a alma
Amarras emocionais que nos imobilizam os braços
Tempestades de areia que nos cegam
Vozes do além como nos filmes de terror
Mágoas…
Reações que nos dão vontade de matar
Apaziguadas no tempo pelo comando dos sentidos
E pelo formal significado da ausência
Podem aconselhar o esquecimento
Criar uma caixa interior de defesa ao reflexo
Mas jamais deixarão de nos roer as entranhas
Como rato que procura alimento na primeira armadilha
Mágoas são o que olhos veem com desdém
Mas que o corpo rejeita sem medir o tempo.