MÁGOAS...

São ventos ciclónicos que nos devassam a alma

Amarras emocionais que nos imobilizam os braços

Tempestades de areia que nos cegam

Vozes do além como nos filmes de terror

Mágoas…

Reações que nos dão vontade de matar

Apaziguadas no tempo pelo comando dos sentidos

E pelo formal significado da ausência

Podem aconselhar o esquecimento

Criar uma caixa interior de defesa ao reflexo

Mas jamais deixarão de nos roer as entranhas

Como rato que procura alimento na primeira armadilha

Mágoas são o que olhos veem com desdém

Mas que o corpo rejeita sem medir o tempo.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 05/08/2015
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