Sempre haverá

Eu dou mais uma chance para rever o que ouvi dizer aquele dia

Talvez você não saiba mas sempre erram com minha primeira impressão

Não queria que fosse assim, mas sempre erram

E quando chega a hora de saberem toda a verdade já é hora de me aplaudirem

Não quero ser sensível com ninguém porque ouvi o que disseram ontem

Acredite eu sempre dou a volta por cima e quando percebem

Já é hora de aplaudirem, acredite eu nem sempre sou eu mesma

Eu nem sempre me arrasto ao chão as vezes eu voo também

E quando percebem que também possuo asas sempre é tarde

E acabam por me conhecerem de longe pois sempre já estou voando

Não precise se desculpar eu nunca causo boa impressão à primeira vista

Eu não o culpo eu também pensaria o mesmo mas faria algo diferente

Eu lhe daria a chance para se explicar e não tomaria decisões sem sentido

Ora não me zombe porque suas mãos um dia me aplaudirão

Aproveite enquanto me arrasto, talvez dure algum tempo

Enquanto isso me aponte como imperfeita

A areia na sala da casa, o paraquedas que não abriu durante o salto

O piano desafinado, o coração sem batimentos

Porque quando minhas asas nascerem não haverá mais tempo

Terá apenas que se contentar com as penas que me arrancou no passado

Porque haverá um tempo em que minhas asas se desprenderão e voarei

E não me verá mais, terá que se contentar com as penas que me arrancou aquele dia

Acredite você me verá ao longe.

Andreza Gonçalves P
Enviado por Andreza Gonçalves P em 15/08/2015
Reeditado em 16/08/2015
Código do texto: T5347617
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