Contos de trinta minutos.

Sofri, criei uma expectativa romantica em torno de uma amizade colorida,transferi um sentimento que era so meu. Algo me faltava. Queria mais sentimento, queria reciprocidade, de repente não percebia mais o chão, me deixei levar por aquele jeito distante e por vezes indiferente e fui me perdendo nesse abismo, num momento raro e muito curto me sentia aquecida por alguns gestos mais doces, que se tornavam em mim uma opção mais leve para se viver,enfim, a adolescência passou.

Mudei, me tranquei, guardei a saudade dentro de uma gaveta, mas não joguei a chave fora, voltei a escrever e percebo uma nova forma de pensar, uma nova forma de assumir uma opinião, entrei na segunda idade, mas não quero dizer que envelheci, pelo contrário, quero expressar minha juventude, compartilhar dos risos, das aventuras, da emoção das novas conquistas, quero contar que consegui um emprego legal, quero poder ouvir uma história e lembrar que eu já vivi algo parecido, quero ouvir uma música e lembrar dos tempos bons, dos tempos em que eu amei demais, quero abrir aquela caixa de lembranças de vez em quando para não esquecer o quanto eu ja vi.