Berço de espinhos
Eu conheço almas aprisionadas em expectativas alheias, incapazes de questionar ou negar o pão que foi entregue amassado, mas completamente capazes de julgar as almas que se libertaram das amarras.
Elas riem e apontam: Lá vai o pobre coitado, perdido na vida.
Elas choram e cruzam os joelhos: Vamos orar.
Mas para quem se livrou do berço de espinhos, dedos apontados fazem cócegas.