Amando os bebês

Vejo muitas pessoas - e me incluo nisso - cultivando seus amores por crianças, sobretudo pelos bebês. Tive a oportunidade de refletir sobre uma questão muito interessante.

Assim como nós, os adultos, esse nossos e novos pequenos seres, são seres humanos. Mas o que os diferencia então dos seres adultos? Porque não tememos amar (pelo menos postar tanto amor) sem preconceitos, sem receios e medos, essas criaturas recém chegadas à terra?

Sabe aquela pessoa que te fez mal um dia? Então, eu sei que você sabe que ela já foi um bebê tempos atrás, também foi criança. Mas já pensou que se você tivesse a oportunidade de vê-la nascer, você a adoraria como faz com os recém nascidos que conhece hoje? É estranho pensar nisso, não?

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Bom, o que quero abordar, é que nós nascemos puros e continuamos a ser em essência pelo resto de nossas vidas. O que vai mudando ao longo do tempo, é que a nossa capacidade de pensar e de nos formar enquanto estrutura psíquica, emocional, traça caminhos tênues entre o que é saudável e o que é doentio para nós.

Nos envaidecemos ao passo que nos é exigido simplicidade. Nos tornamos orgulhosos enquanto precisamos ser humildes. Somos raivosos nos tempos que devemos procurar paz. Gritamos para pedir silêncio e batemos para não apanhar.

A grande reflexão, está em cultivar o amor ao nosso próximo visualizando nele aquela criança pura e bonitinha que daqui uns dias abre os olhos, começa a "sorrir", fala as primeiras palavras...

Quando sentimos raiva de uma pessoa, a culpa não é dela. A culpa é nossa pelo ângulo que estamos enxergando a situação. Já viu que tudo o que o bebê começa a fazer é bonitinho? Até se fizer xixi na cama, a maioria de nós achará graça. Mas se tiver mais de 5 anos, aí o bicho pega.

Pra finalizar, o fato é que existe dentro de nós a capacidade de amar o próximo como amamos os bebês que acabaram de nascer e até mesmo os que estão para nascer ainda. Precisamos urgentemente, trazer à tona essa capacidade de amar o próximo, amar aqueles que nos fizeram mal um dia, amar a nós mesmos na essência pura de nossos corações infantis na arte da vida.

Vinicius de Freitas Carneiro
Enviado por Vinicius de Freitas Carneiro em 29/09/2015
Reeditado em 24/08/2016
Código do texto: T5397955
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