Espaços decrescentes

Como Benjamin Button a ideia talvez seja retornar ao nada. Mas não vou voltar a falar de ideias coisificadas de mais, cheias de vitaminas filosóficas ou históricas. Acho que estamos ou estou cansando demais de ouvir e contar histórias que nunca dizem nada. Quem sabe voltar a escrever histórias do tipo Manoel de Barros como contar formigas na estrada estreita e infindável que elas abrem por entre a grama, transformar palavras em sapos e cuspir andorinhas de voo alto, ou ainda impregnar de grilho esse tempo chato, chacoalhar a relva e fazer respingar pelo corpo o liquido cristalino numa manha tão fria quanto o inverno da alma.